Idealizadores

CRICO PARENTE


Crico Parente, 39 anos, nascido em Brasília.
Designer e fotógrafo amador, tem a formação autodidata.
O que sabe fazer vem das inúmeras possibilidades que explodem de sua disciplina e didática absorvidas pela sua curiosidade.
Cria, desenha, pinta e maquia. Modela, corta e recorta. Costura, dobra e desdobra.
Trama, esculpa e adesiva. Estampa, embala e finaliza. Em papel, madeira, metal, plástico e tecido.
Seu desejo atual é emprestar seu talento de maneira incondicional ao protesto "o Invisível", com a confecção e instalação dos lambe lambes e ainda com a criação do design de objetos para a Estamparia, sempre voltado para a arrecadação de fundos para o alerta.

" O que me fez dedicar todo o meu tempo a essa causa é saber que ínumeras pessoas vivem há séculos nas ruas contra as suas vontades.
E saber que outras questões de responsabilidade das autoridades que manipulam o dinheiro arrecadado em impostos não são sanadas.
Me deparei com a máxima falta de educação e cultura e mais uma vez não era o que eles queriam.
Higiene é uma condição para poucos e agora vejo que isto é de extrema importancia para a saúde do corpo e principalmente a saúde mental. A qual todos os residentes de rua estão afetados.
Desde os primatas, a necessidade de abrigo para se proteger das intempéries da natureza é real. Por que não compartilhar a ideia de um país que cresce, ter moradia para cada cidadão?
Vi a necessidade de se debater um assunto tão primario, no entanto, primordial para uma nação que pretende estar junto com outros países desenvolvidos no topo do mundo, sediando uma copa e uma olimpíada".



DAN BARRETO


Daniel Barreto, fotógrafo amador de rua e aspirante a jornalista.
Este brasiliense de 28 anos, curioso por natureza, sempre em busca de conhecer a alma humana.
Hoje pretende mostrar o que gera tanta desigualdade na sociedade, além do que já é visível para todos.
Apaixonado por vendas e divulgação, deseja passar esta ideia adiante e motivar as pessoas a olharem de uma nova forma todos esses que estão diariamente nas ruas e são ignorados.

"A primeira vez que saímos para fotografar, me deparei com uma realidade que apenas sabia que existia. Mas vê-la ali na minha frente, estampada de forma tão bruta, desumana e com depoimentos tão chocantes, além de esclarecedor, foi um soco no estômago. Entender o que leva as pessoas a viverem de forma tão miserável, sem a menor chance de dignidade, educação, higiene e controle de suas próprias vidas não é apenas triste, é revoltante.
Estamos tão acostumados a ver diariamente essas pessoas no dia a dia, que acabamos não enxergando o problema. E ainda nos incomodamos por tirarem a nossa visão de um mundo perfeito.
Mas esse mundo não existe. E está na hora de abrirmos os olhos para isso. Nós não vivemos em um mundo criado apenas para nós mesmos, nossa família e amigos. Vivemos em um mundo em que nossas ações influenciam a todos. Nossa casa é muito maior do que essas quatro paredes. E quando criamos essa consciência a  ideia de responsabilidade se expande de uma maneira radical.
Você não é responsável apenas por sua casa, mude as dimensões. A nossa casa é este mundo. E somos todos responsáveis por ele".